quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

SESSÃO DE LANÇAMENTO DO SILÊNCIO DOS TEUS OLHOS


No passado dia 22 de Fevereiro teve lugar na Bertrand do Vasco da Gama a sessão de lançamento do livro «O Silêncio dos Teus Olhos» da autoria de Hugo Girão. A apresentação pública do livro esteve a cargo de João Pedro Martins, jornalista da RDP-África.
Foi um momento de grande significado para a Fronteira do Caos Editores, porque no evento estiveram presentes um grande número de amigos, autores e colaboradores, facto que muito nos honrou. A todos um grande bem-haja pelo carinho e apoio prestados ao autor e à editora.
«O Silêncio dos Teus Olhos», o segundo livro que Hugo Girão publicou na Fronteira do Caos está a ser um verdadeiro sucesso. É com todo o gosto que anunciamos que o livro esgotou na distribuidora em duas semanas. Fazemos votos sinceros para que uma segunda edição nos seja rápidamente pedida. O autor sem dúvida que merece.
Deixamos o leitor, com um excerto da notável apresentação pública, da autoria de João Pedro Martins.
"…quero começar por dizer que na noite em que lhe meti as mãos…e os olhos…eram 9 da noite…e pensei…bom, vamos lá dar uma primeira vista de olhos…e depois com calma a coisa vai…digo-vos com toda a sinceridade…era meia-noite quando voltei a ver as horas…tinha acabado de beber a última linha do livro…e estava emocionado…triste por ter acabado de o ler…pois tinha vontade que ele continuasse…e ao mesmo tempo aliviado porque então já sabia o desfecho da história…
Não tenho qualquer tipo de problema em dizer que sou um sentimental…sou de lágrima fácil…mas nem tudo mexe comigo…e nem tudo me faz chorar…mas o Hugo, com a sua escrita, e isso é de se lhe tirar o chapéu, conseguiu fazer-me vir as lágrimas aos olhos em mais do que um momento…Quando assim acontece, é porque o autor nos consegue transportar de facto para dentro da história…e fazer-nos sentir as mesmas emoções que descreve e que vai abordando…
Enquanto estava a ler “O Silêncio dos Teus Olhos” foram muitas as situações em que me fui revendo a mim próprio…Em certas alturas, dei por mim, exactamente, a ler passagens, descrições do que sou, do que fui, do que em momentos já senti, do que já passei…Foram muitos os momentos, enquanto li “O Silêncio dos Teus Olhos” que me trouxeram de imediato ao pensamento algumas pessoas que amo…e à memória outras que já nos deixaram mas que continuo a amar…"

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O ÚLTIMO DUELO CRIME, ESCÂNDALO E JUSTIÇA NA IDADE MÉDIA




O Último Duelo é um livro indispensável para todos aqueles que se interessam por história Medieval. O leitor irá encontrar todas aquelas noções que pertencem ao nosso imaginário colectivo, mas que possuem um substracto bem real; os ideais de cavalaria, a noção de justiça, o valor da honra e as intrigas palacianas, que afinal constituem o deleite do leitor contemporâneo.
O autor, Eric Jager é doutorado pela Universidade do Michigan e ensinou na universidade de Columbia. Escreveu dois livros, incluindo o The Book of Heart (um estudo sobre o imaginário associado ao coração na literatura medieval) e autor de numerosos artigos para reputados jornais académicos. É professor de Inglês premiado da UCLA e vive em Los Angeles.
O Último Duelo é um livro cativante da primeira à última página, tão fascinante e intenso como os escândalos dos dias de hoje. Aliás, o livro não passou despercebido a Martin Scorsese, que o irá utilizar como base para o argumento do seu novo filme com o mesmo titulo: O Último Duelo.

Deixamos ao leitor um excerto do livro

"Numa manhã fria, pouco antes do Natal de 1386, milhares de pessoas encheram um grande espaço aberto nas traseiras de um mosteiro, em Paris, para verem dois cavaleiros travarem um duelo até à morte...
Os dois combatentes, de armadura completa e com espadas e adagas à cintura, estavam sentados frente a frente...
A multidão excitada, olhava não só para os dois temíveis guerreiros, para o jovem rei e para a corte, mas também para a bela e jovem mulher sentada num palanque envolto em tecido preto...
Sentindo em si os olhares da multidão e reunindo forças para a provação que se aproximava, ela fixou os olhos no terreno plano e liso onde o seu destino estava prestes a ser escrito em sangue. Se o seu paladino vencesse o duelo judicial e matasse o adversário, ela ficaria livre. Se fosse morto, ela pagaria com a vida por ter cometido perjúrio...
Quando os sinos de Paris tocaram a hora, o marechal do rei entrou na liça e ergueu a mão, exigindo silêncio".
O julgamento pelas armas ia começar.


AS BATALHAS DA BÍBLIA UMA HISTÓRIA MILITAR DO ANTIGO ISRAEL



As Batalhas da Bíblia é um livro de referência que está traduzido para todas as línguas vivas da actualidade; do chinês ao letão, do hungaro ao russo. Faltava a sua publicação em língua portuguesa, uma das mais importantes de todo o mundo. Neste contexto, tornava-se quase uma obrigação editorial, a sua publicação na língua de Camões. Cumprimos este desígnio disponibilizando ao leitor de língua portuguesa este livro, que constitui sem margem para dúvidas, um instrumento fundamental para a compreensão do milenar conflito que subsiste na Terra Santa e das origens da nossa civilização.
Deixamos o leitor com um excerto do livro.
"As guerras da Bíblia têm início com o exôdo de Abraão e do seu clã da cidade mesopotâmica de Haran devido à sua crença num Deus único, criador e senhor do universo. Ao deixar Haran, Abraão parece ter-se juntado ao grande movimento de grupos étnicos que abalou o Mediterrãneo Oriental no século XVIII a.C. As convulsões populacionais na Ásia Menor e nas regiões a norte da Mesopotâmia geraram grandes migrações que, juntamente com outros desenvolvimentos, fundiram grupos étnicos heterogéneos - entre os quais os Semitas, os Hurritas e os Indo-Iranianos - na chamada nação dos Hicsos. Foram os hicsos que conquistaram o Egipto... utilizando pela primeira vez e em grande número , uma nova arma: o carro de guerra...
As convulsões provocadas pelos Hicsos deram origem a perturbações e actividades beligerantes, reflectidos no relato da vida de Abraão em Genesis 12-25. Os feitos militares de Abraão, e os de Isaac e Jacob, enquadram-se em duas categorias. A primeira é a defesa das pastagens - dos direitos de pastagem do seu clã - ao chegarem a Canaã, a terra que Deus lhes prometera... A segunda categoria é a participação em guerras importantes. Este envolvimento decorreu provavelmente dos compromissos de Abraão com as autoridades hicsas e os seus vassalos cananeus, os reizetes que governavam os territórios onde Abraão se estabelecera. Carecemos de informações exactas, mas uma guerra importante na qual Abraão participou, a dos quatro reis da Mesopotâmia(?) contra os cinco reis do Mar Morto, põe em relevo a continuidade das condições estratégicas e dos factores geomilitares da Palestina desde os primórdios".




UM DOS MAIS BELOS EPÍLOGOS EM LÍNGUA PORTUGUESA


"Se daqui a longos anos o acaso te fizer encontrar este livro poeirento e amarelecido no recanto abandonado de antiga biblioteca, se o folheares e o leres, tu, quem quer que sejas, em que hoje se aflora a inteligência ao calor e à luz da vida, lembra-te que do fundo de humilde sepultura espero o teu julgamento.
O meu nome nada vale e nada representa, distinguiu neste mundo um ser para sempre imerso nas densas trevas da morte, cuja alma, se ela existe, está unida nos paramos do infinito ao que tanto amou durante a vida!
As ideias aí ficaram cristalizadas em pensamentos puros. Se os meus tristes vaticínios foram verdadeiros, tu o sabes, tu que tens hoje por passado o que eu tive por futuro.
Fazes-me justiça? Se me enganei, tanto melhor; a Providência evitou os males de que tive tristes presságios; se não... se me tivessem atendido, quantas desgraças se haveriam evitado!?Reconheces a minha sinceridade? Ao teu lado, o meu espiríto invisível e mudo, porque o infinito lhe impõe silêncio, agradece-te.
Nada tenho para oferecer-te; bem vês, quando o tive eras tu um enigma no futuro, hoje sou eu um mistério no passado!
Nada tenho?... Não, vai ao cemitério onde repousam os meus restos esquecidos. Abre o meu caixão, desconjuntado e apodrecido pelo tempo; no fundo está um esqueleto hirto, amarelo e seco. Fui eu... é de mim o que resta e o que ainda é meu.
Ofereço-te o meu crânio; talvez no fundo exista o último traço fosforescente da imensa e ardente aspiração que o meu cérebro teve pelos princípios da Humanidade e da Justiça".

Augusto Fuschini, O Presente e o Futuro de Portugal, pp.132-133.

Augusto Fuschini, foi Ministro dos Negócios da Fazenda de Fevereiro a Dezembro de 1893 (o equivalente a Ministro das Finanças) no gabinete de Hintze Ribeiro. Foi igualmente um dos mais brilhantes estudantes do seu tempo na universidade de Coimbra, em Matemática, e que concluiu o curso de Engenharia com altíssima distinção.

WINSTON CHURCHILL UMA REFLEXÃO



"Eu sempre defendi a preservação tanto da relação britãnica com o Egipto como da relação do Egipto com o Sudão. Acredito que os políticos e os governantes britãnicos e egípcios irão trabalhar em conjunto, com boa-vontade e com proveito para o futuro. Esta visão, contudo, é altamente controversa. Cresceu entretanto uma geração que pouco sabe das razões porque estamos no Egipto ou no Sudão e do que tem sido o nosso trabalho. Impressões pouco instruidas e ignorantes matizam as decisões não só dos parlamentares mas igualmente dos gabinetes. Espero que a história contida nestas páginas possa servir de encorajamento aos jovens homens e mulheres que ainda têm confiança no destino britânico no Oriente. Eles podem aprender a partir daqui que é muito mais dificil construir e conquistar do que esbanjar e alienar".


Winston Churchill, River War, A Reconquista do Sudão, p.17.