A Morte que Vinha do Mar de Amândio Barros resulta de um trabalho de investigação cuidado e que nos conduz, como nos refere Manuel Pizarro no seu prefácio; "... numa viagem apaixonante pelo Porto dos séculos XV a XVII, desocultando documentação de enorme importância histórica sobre as questões da saúde e, em especial, sobre o tema da sanidade marítima.
É um livro erudito, que revela o enorme esforço do autor no estudo e
análise dos fenómenos da saúde e da doença na Europa pós medieval, e que
sustenta as suas afirmações numa vasta e diversificada bibliografia. É um livro
inovador, que traz até nós documentação até agora desconhecida e uma abordagem
profunda sobre a realidade portuária e a sua relação com as questões
sanitárias.
Mas, ao mesmo tempo, é uma história. A história de um Porto, cidade aberta
ao Mundo desde os tempos medievos. Um Porto que ainda no século XIV "já se tornara um entreposto internacional".
Uma cidade sempre ciosa da sua autoridade e da sua capacidade de intervenção.
Um burgo capaz de intervir activamente de modo a integrar "o conjunto de sítios seguros, pelas purgas e quarentenas que aplicava à
generalidade das embarcações". Um Porto que, desde tempos
ancestrais, combinava assim o seu cosmopolitismo com uma identidade que lhe
conferia força e legitimidade".
Boas Leituras!
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