Que ninguém se iluda, a criminalidade que temos, entre nós, é estrutural e não conjuntural.
Com o livro Justiça e Delinquência, a Fronteira do Caos Editores dá inicio a uma nova colecção intitulada Critica ao Portugal Contemporâneo. O conceito editorial rege-se pelos princípios da crítica construtiva e intelectualmente sólida, levada a efeito por autores de grande craveira intelectual e com responsabilidades nas mais diversas áreas do saber, da organização do Estado e do meio académico. O grande objectivo será levar ao leitor reflexões de qualidade que identifiquem os problemas e apontem soluções, rejeitando liminarmente a critica destrutiva e a maledicência, tão em voga nos dias que correm, simultaneamente tão prejudiciais à nação e ao Estado. Desta forma pretendemos contribuir para um futuro melhor, uma esclarecida opinião e, acima de tudo, para uma correcta análise dos problemas, sem nunca perder de vista a enorme vontade que todos têm de fazer parte da solução e nunca do problema. Desta forma, estamos convencidos que construiremos um futuro melhor, mais justo e mais equilibrado.
Deixamos o Leitor com alguns excertos do livro, escritos por diversas personalidades de renome e com obra feita.
GONÇALO AMARAL
Coordenador de investigação criminal (aposentado) e Coordenador do livro
"O combate à criminalidade violenta e organizada é efectuado de forma casuística. Não se previne. Não se detecta. Espera-se que os crimes nefandos aconteçam. Depois se verá. Não basta reagir a crimes, mas preveni-los e proceder à sua detecção. Com esta forma de actuar talvez se lutasse mais eficazmente contra certos tipos de ilícitos e talvez se deixassem de instruir mega-processos, em regra inúteis em termos de resultados, como os que resultam da investigação da criminalidade económica e financeira".
Coordenador de investigação criminal (aposentado) e Coordenador do livro
"O combate à criminalidade violenta e organizada é efectuado de forma casuística. Não se previne. Não se detecta. Espera-se que os crimes nefandos aconteçam. Depois se verá. Não basta reagir a crimes, mas preveni-los e proceder à sua detecção. Com esta forma de actuar talvez se lutasse mais eficazmente contra certos tipos de ilícitos e talvez se deixassem de instruir mega-processos, em regra inúteis em termos de resultados, como os que resultam da investigação da criminalidade económica e financeira".
RUI RANGEL
Juiz Desembargador
"A violência que está associada aos fenómenos de criminalidade instalou-se nos mais diversos graus ou formas e minou todo o tecido social, todas as zonas urbanas e rurais. Já não é só um fenómeno que atinge certas franjas sociais, certas camadas da população ou os chamados bairros problemáticos. Atinge toda a sociedade. É preciso inverter a dinâmica dos malfeitores que, aos poucos, vai conquistando mais e mais terreno".
"A violência que está associada aos fenómenos de criminalidade instalou-se nos mais diversos graus ou formas e minou todo o tecido social, todas as zonas urbanas e rurais. Já não é só um fenómeno que atinge certas franjas sociais, certas camadas da população ou os chamados bairros problemáticos. Atinge toda a sociedade. É preciso inverter a dinâmica dos malfeitores que, aos poucos, vai conquistando mais e mais terreno".
HERNÂNI CARVALHO
Jornalista
"Mais do que o risco, ser polícia em Portugal é hoje uma profissão estranha. Se conseguir deter um criminoso já não é tarefa fácil, preencher os documentos respeitantes à sua detenção é uma tarefa quase ciclópica. Então se a identidade do indivíduo e a sua morada não puderem ser confirmados, ou se o detido for estrangeiro, só para saber se está de facto legal, é outro cabo de trabalhos. A ideia de que este serviço podia ser feito por civis, libertando os polícias para as funções de segurança pública para que de facto tiveram formação, é antiga, mas nunca passou do papel".
Jornalista
"Mais do que o risco, ser polícia em Portugal é hoje uma profissão estranha. Se conseguir deter um criminoso já não é tarefa fácil, preencher os documentos respeitantes à sua detenção é uma tarefa quase ciclópica. Então se a identidade do indivíduo e a sua morada não puderem ser confirmados, ou se o detido for estrangeiro, só para saber se está de facto legal, é outro cabo de trabalhos. A ideia de que este serviço podia ser feito por civis, libertando os polícias para as funções de segurança pública para que de facto tiveram formação, é antiga, mas nunca passou do papel".
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